segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Aedos, Os Antigos Poetas



Antes da invenção do alfabeto, os antigos gregos acreditavam que as Musas davam aos poetas o dom de desencantar as palavras: eram os Aedos. Eles compunham canções ao som da lira e conseguiam transmitir os segredos das palavras através da poesia. Os poemas eram compostos e cantados pelos Aedos e quando as canções passaram a ser escritas, os Aedos desapareceram.

O Aedo não era vidente mas inspirado pelas Musas. Capaz de alcançar a verdade, ele rompia a limitação do tempo, pois sua palavra resgatava as verdades do passado e as tornava presentes na sua narrativa que cumpria a função de perpetuar os mitos. Diferente do vidente, que tudo sabia sobre passado, presente e futuro, o poeta usava a recordação sob orientação da deusa Mnemósine (a Memória), mãe das Musas.

A Memória resgatava acontecimentos esquecidos e os revelava às Musas, que transmitiam aos Aedos habilitados a revelar os saberes entre os mortais. Mnemosine - a deusa de memória - era filha de Géia e Urano. Tendo se unido a Zeus gerou nove filhas: as Musas. Calíope era a Musa da Eloquência, Clio ou Kleio a Musa da História, Erato a Musa da Poesia romântica, Euterpe a Musa da Música, Melpômene a Musa da tragédia e alegria, Polimnia a Musa da poesia lírica, Terpsícore a Musa da dança, Talia a Musa da comédia e Urânia a Musa da astronomia.

Afirmavam os poetas que tudo que eles diziam era apenas repetição do que as Musas lhes haviam dito e davam a elas todo o crédito. Invocavam sua Musa e esperavam que ela viessem atendê-los na sua inspiração. Quando as Musas cantavam tudo se imobilizava: o céu, as estrelas, o mar e os rios. Podiam assumir a forma de pássaros e se achavam muito próximas das ninfas das fontes, exatamente como sua mãe Mnemósina que era associada a nascentes, tanto no Mundo Subterrâneo quanto no Mundo Superior.

Criticados por muitos mas reconhecidos por outros, os Aedos foram considerados educadores pois o efeito de suas histórias podiam influenciar na formação dos jovens. Platão dizia que o canto inspirado do poeta produzia os encantos que moviam os mortais. A construção da história sobre a origem dos deuses, dizia-se ter sido inspirada pelas divindades a Homero, o mais célebre dos Aedos.

O poeta cantava perante uma assembleia de aristocratas reunidos num banquete, desfilando uma vasta coleção de temas conhecidos, por exemplo, a guerra de Tróia. Ele próprio escolhia um episódio mas muitas vezes era o público que pedia um tema favorito. E assim o poeta fazia um curto canto de prelúdio à epopeia principal. Os Hinos homéricos constituem uma coleção desses poemas.

Os Aedos cantavam um repertório composto de lendas e tradições populares ao som de liras ou cítaras. Assim como um artista escultor que dá forma a um bloco de pedra, o escritor dá forma às palavras transformando-as em sonetos, poemas, música e poesia.

Texto, Lúcia.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Cacos #3

Fotos, poses, desejos.
A menina cada vez mais desejava tirar para fora a mulher que existe dentro de si.
A garota mal podia escolher.
Apenas aceitava a idade modificando a carne e envelhecendo a mente.


Texto, Ítalo A. C. Freire (Escriba Odiado)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

The Misfits - Scream!







"Whoooa
Whoooa
WhOooa
Grite!
Um calafrio percorre sua espinha
Rasteja dentro de seu cérebro
o toque congelante do medo
Isso está me deixando insano
Embora que você tente lutar
Arrastado do silencio onde você se esconde
até que você... grite!
até que você... grite!
Um calafrio percorre sua espinha
Rasteja dentro de seu cérebro
o toque congelante do medo
Isso está me deixando insano
Embora que você tente lutar
Arrastado do silencio onde você se esconde
até que você...grite
até que você...grite
Grite
Não vejo a hora pra te ouvir... gritar!
Isso está me deixando insano
Embora que você tente lutar
Arrastado do silencio onde você se esconde
até que você...
Grite
Não vejo a hora pra te ouvir...
Não vejo a hora pra te ouvir...
Não vejo a hora pra te ouvir...
Não vejo a hora pra te ouvir...
Grite!
Grite!"



Música, The Misfits - Scream!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Vincent Malloy

Vincent Malloy, 7 anos...



Vídeo, www.youtube.com
Curta-Metragem, Tim Burton
Narração, Vincent Price

domingo, 8 de janeiro de 2012

Estirge


Estirge ou estrige (em latim: Strix) é um ser voador presente na mitologia romana que suga sangue para poder sobreviver. Este ser tem forma de pássaro com asas parecidas às de um morcego e olhos amarelos, quatro patas com que se agarra às suas vítimas e um bico longo com o qual chupa o sangue.

As lendas romanas contam que quando ataca, é quase impossível que se separe do corpo da sua vítima até que termine de sugar o seu sangue, a não ser que seja morto. As vítimas morrem instantaneamente. Estes serem têm boa visão e olfato, por isso é-lhes fácil detetar vítimas.

Quando terminava o ataque às vítimas, a estirge/esttrige dormiria durante dias um sono muito profundo, e neste momento aproveitavam os seus perseguidores para as atacar.

A primeira citação em língua latina encontra-se na obra Pseudolus, de Plauto, escrita em 191 a.C.: um cozinheiro, descrevendo um prato de sua autoria, compara as suas acções às de corujas ao desmembrar uma vítima no sangramento.



Texto, Autor Desconhecido (pt.wikipedia.org).
Fontes, Estirge.