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Lá estava o corpo no banco da praça.
Frente a frente com as bestas de ferro.
Defrontando e confrontando o vento.
Tal batalha também ocorria dentro das veias.
Os fios de cabelo já cansados.
Apenas se deixavam levar pelo ar podre que ali circulava.
Pernas e faces pilhavam valores nas calçadas.
Em tais pedaços de terra os confrontos são inevitáveis.
Os olhos mirão o relógio da igreja.
O relógio não deseja ser atratismo nenhum...
Apenas deseja sufocar alguem entre os seus ponteiros.
Quase sempre consegue.
Os dizeres dos mau trapilhos denunciam tal fato.
Segundos nunca sobram, apenas faltam e fazem a diferença.
Em cada badalada falece um pedaço de carne.
O corpo na praça clama para não ser a sua badalada.
As preces forão aceitas.
Ou apenas é mais uma distração divina.
Sempre há um bastardo para brincar quando se tem poder...
Então a chuva cai e as emoções boiam.

Continua...